Metro de Lisboa 'reserva' lugares contra o tráfico de pessoas
O Metro de Lisboa tem hoje lugares vazios reservados que representam o lugar de alguém que desapareceu, naquela que é uma campanha contra o tráfico de seres humanos, revelou a Câmara Municipal, parceira da iniciativa.
Para assinalar o Dia Europeu de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, a autarquia lisboeta, a Associação para o Planeamento da Família (APF) e o Metro juntaram-se numa campanha para sensibilizar a sociedade para um flagelo que "só em Portugal atingirá 1.400 pessoas", segundo um comunicado da Câmara.
"As mulheres e as crianças continuam a ser os grupos mais vulneráveis ao tráfico humano, que afeta 2,4 milhões de pessoas em todo o mundo por ano", indicam aquelas entidades.
A campanha, que se enquadra no I Plano Municipal para a Integração Imigrante de Lisboa, para o biénio 2015-17, pretende "despertar a população em geral para este fenómeno que é, muitas vezes, invisível".
No ano passado, a APF, que tem estado ativamente envolvida em diferentes projetos ligados ao Tráfico de Seres Humanos, interveio em mais de uma centena de processos de sinalização. A associação gere também em Portugal uma casa onde apoia mulheres vítimas deste tipo de tráfico