Polícia do Líbano resgata 75 escravas sexuais, a maioría sírias
As forças de segurança do Líbano desmantelaram no mês passado a maior rede de tráfico de escravas sexuais desde o início do conflito na vizinha Síria e que libertaram 75 mulheres, a maioria deste país em guerra.
As mulheres, que foram agredidas e violentadas, mostravam em alguns casos sinais de mutilação, segundo um comunicado das forças libanesas. "Esta é a maior rede de tráfico sexual descoberta desde o início da guerra na Síria", disse uma fonte libanesa à AFP.
A operação aconteceu ao norte de Beirute, onde "foram resgatadas 75 mulheres, em sua maioria sírias, que haviam sido agredidas e submetidas a tortura física e psicológica, forçadas a realizar atos sexuais que depois foram gravados e distribuídos", afirma o comunicado.
© Fornecido por AFP Refugiados sírios em campo em Bar Elias, no Líbano, no começo de 2016
Dez homens e oito mulheres que vigiavam os apartamentos onde as vítimas eram mantidas como reféns foram detidos. A polícia também encontrou um bebê de oito meses, provavelmente filho de uma das mulheres resgatadas.
Antes da guerra na Síria, iniciada em 2011, mulheres deste país já eram vítimas de exploração sexual no vizinho Líbano, mas com o conflito as mulheres e as crianças sírias se tornaram mais vulneráveis neste aspecto.
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